Branco

Em dedos trêmulos, respiro. Foi um giro afiado, fino, incisivo, como quem quer me tomar para fora de si. Expande-se, grave, por cada grão que se preenche nos espaços dos meus dedos quando danço os meus passos.


De repente, sinto tudo, sei de tudo, eu sou a minha própria conexão. E a vida célebre nada se parece com lamúrias, ruínas e lacunas com ecos em toda parte.


De repente, eu sou eu. E eu vou sendo tão eu, tão eu, que deixo de me ser.

Inerte. Inerente a mim mesma, mas nua, crua e cheia de espaços preenchidos com o mais potente e escandaloso vazio, da tentativa torpe de sentir o que é nada.

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